A Família Carvalho
Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em Lisboa, a 13 de maio de 1699.
A ligação da família Carvalho a Oeiras remonta ao ano de 1676, quando o avô paterno adquiriu as primeiras terras que estão na origem desta quinta.
No início do século XVIII, Paulo de Carvalho e Ataíde, seu tio paterno, mandou erguer um solar nestas terras e instituiu o Morgadio de Oeiras, que deixou em testamento a Sebastião José. O Morgadio permitiu dar início ao grande projeto da Quinta de Oeiras – um espaço de recreio e de produção de grande envergadura.
O Palácio
O projeto do Palácio contou com a mestria do arquiteto Carlos Mardel, apresentando uma situação estratégica em relação ao primitivo núcleo urbano de Oeiras, sendo o acesso feito por um amplo e cenográfico terreiro. As portas do piso térreo abrem-se ao amplo jardim que prolonga o espaço de sociabilidade – os passeios, as merendas, os jogos, a música e a dança, fazem parte da componente recreativa da quinta, que exibe ainda cascatas, tanques, terreiro dos jogos e um pequeno cais, que permitia navegar na ribeira.
A par do recreio, a componente produtiva – os mais de 200 hectares da quinta possibilitavam um elevado rendimento, com gestão próxima de Sebastião José: azeite, vinho, frutas e cereais, uma unidade modelar à época. Oeiras acompanhou, ao longo dos anos, o crescimento dos arredores da capital e foi abandonando a sua vocação rural.
No século XX já a terra não detinha o mesmo valor – as grandes propriedades desagregam-se e dão lugar a novas vivências.
A Quinta de Recreio de Oeiras foi vendida em 1939 e posteriormente dividida por diferentes proprietários.
O Palácio, jardins e Casa da Pesca são classificados como Monumento Nacional em 1953.
Ciente do seu elevado valor patrimonial e histórico, o Município adquiriu, em 2003, Palácio e jardins.
Desde a abertura ao público, o palácio Marquês de Pombal e os jardins envolventes, têm sido procurados por inúmeros visitantes e palco de numerosos eventos.
As várias atividades propostas pelo serviço educativo do palácio, têm enriquecido o dia-a-dia deste monumento e têm proporcionado um maior conhecimento do edifício, da família Carvalho e da sua história.
Visitar o palácio marquês de Pombal, é ter a oportunidade de contemplar um dos melhores conjuntos decorativos do período pombalino, rico em estuques e azulejos.
Nos jardins, destacam-se as várias peças de estatuária, os bustos de mármore, bem como os vários muretes e escadarias revestidas de azulejos.
Também se destaca o Fogão de Sala da Casa Fourdinois, na sala de entrada do palácio. Esta peça, alvo de restauro é considerada como uma das obras emblemáticas da Maison Fourdinois.
Adega
A Adega do Palácio do Marquês de Pombal, disponível para visitas ao público desde junho de 2018, foi construída no século XVIII, está classificada pelo IGESPAR como Monumento Nacional, no âmbito do Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras.
Os trabalhos de requalicação da Adega promovidos pelo Município de Oeiras tiveram como objetivo acautelar a preservação deste importante acervo histórico, devolvido agora ao seu uso original, tirando partido das suas características naturais, excelentes para o envelhecimento do vinho de Carcavelos.
Conheça mais:
Jardins do Palácio Marquês de Pombal



ATENÇÃO:
O Palácio Marquês de Pombal está encerrado para visitas ao público.
O jardim mantem-se aberto para visitas livres.